O conteúdo de hoje será uma tag literária, como já diz o título dessa postagem, associando diferentes chás a livros. A tag foi criada por Laura, em seu Instagram, que você pode acessar por aqui.
A primeira proposta é CHÁ DE CAMOMILA: um livro que te acalmou em situações difíceis. Minha escolha será "Heartstopper", de Alice Oseman (sim, todos os volumes). Eu não lembro direito do contexto no qual os li, mas algo que eu lembro foi a enorme sensação de conforto após a leitura. Foi possível me identificar com tantos personagens que eu até perdi a conta, além de conter uma narrativa sensível, um romance LGBTQ+ escrito por uma pessoa que também faz parte da sigla.
Para CHÁ DE MAÇÃ E CANELA, um que lembro claramente da primeira vez que descobri, quando uma das minhas tias me presenteou uma caixa para chás com um desse tipo dentro e o cheiro me fascinou, a descrição é um personagem com quem você se identificou. Apesar de já ter citado que "Heartstopper" teve muitos que se encaixariam nessa categoria, qualquer leitor que se preze sabe que nunca temos apenas um livro com o qual sentimos uma identificação mais forte. Nesse caso, escolho "Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo", de Benjamin Alire Sáenz. É um dos meus livros preferidos e, apesar de não ter transgeneridade como uma temática (inclusive, tem uma fala transfóbica no livro), me ajudou a me descobrir trans, além de a me aceitar como LGBTQ+. Também acho importante adicionar que ambos protagonistas contribuíram para tal, tanto a narração de Aristóteles quanto Dante, visto pelas lentes de Ari.
A próxima é CHÁ MATTE FORTE, que admito me fez querer escolher algo "especialmente especial" para ela, porque é um dos meus chás preferidos. O tema que essa bebida recebeu é, um livro que trata de um assunto forte ou delicado. Como me propus a deixar aqui uma recomendação especial, falarei de dois livros do Ariel F. Hitz, um dos meus amigos, que comecei a conversar por causa da minha admiração por sua escrita, inclusive. Os títulos são "Girassol sem sol" e "Não me encontre quando o sol nascer". Admito que Ariel tirou de mim a confiança em livros com 'sol' no título. O assunto principal de ambas as obras é LGBTfobia e também abordam morte; por isso, abrangem simultaneamente as duas características, tanto um assunto forte quanto delicado. (Vale avisar que isso também é um aviso de gatilho, então se LGBTfobia e morte são assuntos sensíveis para você, talvez seja melhor não ler os livros, ou esperar um pouco para fazê-lo. Seu bem-estar fica em primeiro lugar!)
O próximo, CHÁ DE HORTELÃ, não é exatamente delicioso para mim, já que não sou muito fã do sabor de hortelã, mas o tema com o qual está associado, sim: um livro de amor que te faz suspirar. Romance é um dos meus temas preferidos para ler (e escrever. E viver, também!), então foi divertido escolher algo, tanto quanto não foi divertido, pela quantidade de obras que se encaixam nessa categoria, váááárias delas merecendo o pódio. Mas o escolhido da vez é um que eu já mencionei bastante aqui, por ser um dos meus livros preferidos de todos os tempos: "Cemetery Boys", escrito por Aiden Thomas. Essa postagem será muito longa se eu começar a discursar sobre o quanto eu amo esse livro (o que provavelmente será chato se você já é leitor do blog e já leu outras postagens nas quais eu faço exatamente isso), então fecharei o parágrafo dizendo que apenas a dinâmica entre Yadriel e Julian, um brujo trans e o fantasma que ele chamou por engano, já é o suficiente para que valha a pena como um livro de amor que te fará suspirar.
Nossa última categoria é CHÁ DE MORANGO, um livro antigo que todo mundo leu menos você (no caso, eu) e, para mim, foi uma escolha perfeita, porque eu nunca bebi chá de morango... o meu escolhido é "Dom Casmurro", do Machado de Assis. Pretendo ler as obras do Machado esse ano! Só não fiz isso ainda porque eu sou facilmente intimidado por livros clássicos. Mas eu já li "O Alienista" e o estilo de escrita dele é viciante, depois de um tempo para se acostumar com a linguagem que, pelo menos atualmente, não é casual (ou seja, demora um tempo para o cérebro se adaptar).
E por hoje, é só! Essa era para ser uma postagem no meu Instagram, mas as edições que eu preparei (e das quais eu estava bem orgulhoso!) foram apagadas, porque o aplicativo deu erro, então eu fiquei frustrado demais para fazer tudo de novo. Enfim, me sigam lá e me contem nos comentários o que acharam. Vale até gritar comigo para eu ler Machado de Assis logo!
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