Preciso falar sobre a editora Caligari. Nada ruim, é claro, mas é uma editora nova e eu preciso falar sobre todos os livros que foram ou serão publicados por ela e que eu quero ler. Vou começar falando de "Nadando com as tartarugas", da Emely Luize, que será publicado em formato físico pela editora. Já resenhei aqui e é um livro incrível, então estou curioso para ver as mudanças feitas durante o processo de publicação, além de tê-lo em mãos, é claro. Inclusive, falando na Emely, ela fará parte de outro projeto, ainda em status quase secreto, um focado na temática LGBT, também contado com a participação de João Luiz, Fabrício Fonseca e Ariel F. Hitz. Já li e adoro o trabalho de todos, então não preciso nem dizer que mal posso esperar, né?
Inclusive, os autores desse projeto foram anunciados como metas de venda de outro livro lançado pela Caligari: "Geminianas", da Lelê Alves. A proposta é maravilhosa também, de cinco mulheres negras se apaixonarem por geminianas em algum momento de suas vidas, por obra do universo (mais sáfiques dos signos aqui ou sou só eu?).
Outro trabalho já presente na coleção de boníssimo gosto da editora Caligari é "Borboletas pra lá e pra cá", da Juliana Reis. O romance gira em torno de Laís, uma adolescente de dezessete anos que, além de lidar com suas responsabilidades, ainda precisará aprender o que fazer quando amor bate na sua porta. Esse aí eu já até comprei no formato digital!
"Carnaval Amarelo", escrito por Lívia Ferreira, é uma história envolvendo uma boneca da Emília que acorda de cinquenta em cinquenta anos, contanto que seja um dia de carnaval, e ela pode continuar viva se encontrar o amor verdadeiro, protagonismo negro e velhinhas sáficas. Pensando no público alvo desse blog, eu imagino que já tenha te convencido, né?
Agora, guardei o mais recente para o final: "Brilhante como a lua", da Nicole Ribeiro, é lançado HOJE! O livro é um romance sáfico, mas que teve a preocupação de não deixar isso óbvio na capa, na sinopse ou na orelha, se tornando acessível para pessoas ainda no armário (o que eu achei bem sensível, mesmo não sendo meu caso). Tal como "Geminianas", a autora revelou que astrologia é um tema frequente na narrativa, então repetindo a pergunta: onde estão ês sáfiques dos signos, hein? Porque a Caligari tá entregando absolutamente tudo! "Brilhante como a lua" também tem representatividade lésbica, negra e PcD. Para mais curiosidades, pode checar a thread da Nicole aqui. Parece um livro para se pensar bastante, com significados e referências escondidos, não acham?
Espero que eu tenha conseguido despertar seu interesse na editora (que, aliás, se quiser fazer parceria comigo, eu tô aceitando, deixando bem claro na cara de pau mesmo!). Vou deixar o link do grupo lindíssimo para vocês acessarem de forma mais fácil e explorarem por vocês mesmos.
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