Se você entrou no Twitter ontem, você está ciente, mesmo que de forma parcial, do racismo nas ações e/ou trabalhos de autores como Emily Duncan, Rory Power e Jay Kristoff. Essa postagem não é para falar sobre o acontecido (vou deixar essa thread e esse tweet para quem quiser entender melhor a situação), mas sim para falar de autores asiáticos cujos trabalhos eu li e amo ou têm trabalhos para serem lançados (e que eu quero ler!).
Começarei com Chloe Gong, autora de "These Violent Delights", duologia cuja conclusão, "Our Violent Ends", será publicada em novembro. Aos dezenove anos, Gong escreveu a releitura do clássico de Shakespeare que é simplesmente fantástica, ocupando de forma completamente merecida e indiscutível a lista de best sellers do New York Times.
A próxima que citarei aqui é Adiba Jaigirdar, escritora dos livros sáficos "The Henna Wars" e "Hani and Ishu's Guide to Fake Dating" (esse último será lançado esse ano, no final de maio). Nascida em Bangladesh, mas morando em Dublin desde os dez anos, suas histórias geralmente têm protagonismo não só sáfico e asiático, mas irlandês também.
Nghi Vo é uma autora de ficção especulativa que escreveu "The Chosen and the Beautiful", releitura de "O grande Gatsby", de Fitzgerald, e suas duas novelas que fazem parte da série "The Singing Hills Cycle". Sua escrita tem um tom poético que é como o teto da Capela Sistina: não há dúvidas de que é belo e de que transforma sua mente em um emaranhado de sentimentos, mas você não tem certeza se conseguiu alcançar todos os detalhes e suas complexidades. Pretendo reler o primeiro livro da série, "The Empress of Salt and Fortune", em busca de uma análise mais coerente, pois a experiência de lê-lo, ao menos pela primeira vez, pode facilmente ser comparada com um terremoto.
Eu hesitei um pouco antes de adicionar o debut de Dustin Thao à lista de livros que pretendo ler, mas com a quantidade de comentários sobre ele que chegaram até mim por autores de quem eu certamente aceito recomendações, decidi pedir por uma cópia adiantada de "You've Reached Sam". Eu ainda não li, pela quantidade de livros na minha lista de leitura, mas como o lançamento é apenas em novembro, talvez eu não precise me apressar muito.
Uma escritora que eu sigo no TikTok por causa da Chloe Gong, já citada nessa postagem: Zoe Hana Mikuta. Seu debut, o livro "Gearbreakers", inclui tropes como found family e enemies to lovers, além de protagonismo sáfico e coreano. Infelizmente, meu pedido para uma cópia adiantada dessa obra foi recusado, mas certamente pretendo adquiri-lo quando lançar no final de junho.
Tendo viralizado com suas threads e vídeos no Youtube sobre "Mulan", tanto a animação quanto o live action lançado no ano passado, Xiran Jay Zhao lançará seu livro, "Iron Widow", no dia vinte e um de setembro. A duologia será uma releitura de Wu Zetian, a única imperatriz na história chinesa, promovida como uma mistura de "Pacific Rim" e "The Handmaid's Tale", envolvendo criaturas mitológicas do leste da China.
Um dos livros que estou mais ansioso para ler esse ano é "She Who Became The Sun", de Shelley Parker-Chan: é uma releitura queer da ascensão do imperador fundador da dinastia Ming, promovida como um encontro de Mulan com o livro "The Song of Achilles", de Madeline Miller. Para quem não sabe, esse é um dos meus livros preferidos e a Mulan, uma das minhas animações da Disney preferidas, então eu tenho certeza que amarei esse livro!
Para finalizar, deixarei uma recomendação de um autor nacional, cujo livro ("Reunião da Minoria Modelo e outros contos") eu estou lendo nesse momento: Gabriel Yukio Goto. Professor, escritor e poeta, sua escrita é inteligente e fluida.
Caso você tenha alguma sugestão de autores asiáticos, sinta-se livre de deixar nos comentários! Espero resenhar todos os livros dessa lista em algum momento (quando eu terminá-los ou conseguir tê-los em mãos). Até a próxima!
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